Na ponta do lápis

Imóveis estão caros, pelo menos em São Paulo, onde moro. Quando iniciei a minha busca, há cerca de três anos, procurava um apartamento relativamente novo, com cerca de 100 m2, próximo ao metrô, na faixa dos 100 mil reais. Hoje, eu sei: impossível. O jeito foi abrir mão da metragem, da economia e da pressa, e controlar a ansiedade enquanto o novo apartamento era construído com previsão de entrega para o longínquo ano de 2010.

Mas, como todos nós sabemos, o tempo voa. Mesmo assim, juro que me deu um frio na barriga quando recebi o convite para visitar a unidade prontinha, finalizada, no mês passado. Maior ainda foi o choque ao me deparar com aqueles 80 m2 fragmentados em minicômodos que, pelados, sem um móvel, pareciam bem menores do que o anunciado na planta. Veja pelo lado bom, pensei, quanto menor a metragem, maior a economia. Sim, porque se vocês pensam que a quitação de um apartamento significa o fim das dívidas, enganam-se. Estima-se que os gastos com acabamentos e móveis correspondam, no mínimo, a 50% do valor do imóvel.

Ao sair de lá, comecei a rascunhar os primeiros orçamentos de assoalhos, móveis, luminárias, eletrodomésticos e constatei que não teria fôlego para concretizar todas as ideias que havia projetado na minha cabeça, nos mínimos detalhes, durante o período de obras. Diante disso, a solução seria me mudar com o que tinha e fazer as alterações aos poucos, de acordo com as necessidades surgidas durante a vivência e a minha realidade financeira. Lindo; mas prudência e calma, apesar de invejadas, definitivamente, passam longe da minha personalidade.

Foi quando me apresentaram umas redentoras linhas de créditos oferecidas por algumas instituições. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, por exemplo, têm propostas muito interessantes de financiamento, com parcelas a perder de vista, e, mais, com débito inicial previsto para seis meses após a assinatura do contrato. É fato que os juros deixam tudo mais caro, mas, se este é o único caminho possível para ver meu sonho de morar bem realizado, e rápido, vamos às dívidas... com moderação!

Sou Adriana Fricelli, redatora da revista Casa & Decoração. Certa vez, fiz uma reportagem sobre por que contratar um profissional para guiar a obra pode ser bastante interessante. Clique aqui para acessar! A foto que ilustra este post foi feita por Sidney Doll.
Quer falar comigo? adrianafricelli@editoraonline.com.br

Um comentário:

  1. Realmente Adriana... é isso mesmo que vc falou...rssss o meu caso foi mais ou menos parecido - sendo que a espera é de 2 anos... e os gastos? pra não tomar a "porrada" de vez estou adquirindo aos mês a mês utilidades, móveis (existem lojas que guardam), pagando os projetos de armários...tudo para diminuir a dor na hora de receber... realmente o gasto gira em torno de 50% mesmo... mas a idéia é privilegiar determinados ambientes - como banheiro e cozinha e depois arrumando melhor os outros...rssss bjs adorei o post

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